O Mandato do Céu é uma antiga crença chinesa que afirma que o direito de governar foi concedido pela vontade divina. O Mandato foi visto como um mandato divino, ou aprovação, dos Céus. O conceito foi documentado pela primeira vez durante a dinastia Shang (c. 1600-1046 aC).

O Mandato do Céu era um conceito religioso e político que definia a legitimidade da autoridade de um governante. Acreditava-se que o mandato era concedido a um governante que contava com o apoio do povo, e que poderia ser perdido se o governante perdesse o apoio do povo ou se este fosse visto como agindo de forma contrária ao vontade dos Céus.

O conceito também carregava um imperativo moral para que o governante governasse de forma justa e virtuosa, bem como zelasse pelo bem-estar de seus súditos. O mandato não era visto como uma concessão de poder estática ou irrevogável, mas sim como um acordo dinâmico e condicional que poderia ser afectado pelas acções e decisões de um governante.

Para obter o Mandato do Céu, um governante tinha que ser virtuoso, ter autoridade moral e ser reconhecido como o legítimo herdeiro do trono. O Mandato também foi visto como sendo transferido por sucessão hereditária.

O conceito de Mandato do Céu foi usado para justificar a legitimidade do governo do imperador na China antiga, bem como para explicar a ascensão e queda das dinastias. Se uma dinastia perdesse o mandato, acreditava-se que ela não estava mais apta para governar e que era hora de uma nova dinastia assumir o controle.

Em conclusão, o Mandato do Céu foi um conceito significativo que moldou o pensamento político e a governação chineses durante séculos. Forneceu uma base divina para a legitimidade da autoridade de um governante e enfatizou a importância de uma governação virtuosa e justa.