A farsa do perfume refere-se a uma série de incidentes ocorridos na França na década de 1990, nos quais indivíduos foram pulverizados com uma substância misteriosa que causou irritações na pele, náuseas e dificuldade para respirar. Os incidentes suscitaram uma preocupação pública significativa e a atenção dos meios de comunicação social, com muitas pessoas a acreditarem que foram o resultado de um ataque deliberado.

O primeiro incidente conhecido ocorreu em Maio de 1995, quando uma mulher em Paris relatou ter sido pulverizada com uma substância de cheiro forte enquanto caminhava pela rua. Ela sentiu forte irritação na pele e náusea. Nos meses seguintes, incidentes semelhantes foram relatados em outras cidades da França, com centenas de pessoas afirmando terem sido afetadas.

A natureza generalizada dos incidentes e a falta de autores óbvios levaram muitos a acreditar que os ataques foram coordenados e intencionais. Alguns especularam que os ataques poderiam estar ligados ao extremismo religioso ou ao terrorismo, enquanto outros sugeriram que poderiam ser uma forma de guerra psicológica.

O governo francês lançou uma investigação sobre os incidentes, mas acabou por não conseguir identificar quaisquer suspeitos ou estabelecer a natureza exacta da substância utilizada nos ataques. Na ausência de provas concretas, os incidentes foram gradualmente diminuindo a atenção do público e a cobertura mediática acabou por diminuir.

Apesar da falta de explicações definitivas, a farsa do perfume continua a ser um capítulo intrigante na história francesa, capturando a imaginação do público e alimentando especulações sobre a verdadeira intenção por trás dos ataques.